quarta-feira, 3 de novembro de 2010

CARTAS NÁUTICAS



Carta náutica, carta de marear, carta hidrográfica, ou plano hidrográfico é uma representação cartográfica de uma área náutica, podendo representar em conjunto as regiões costeiras adjacentes à área náutica. É o equivalente marítimo dos mapas terrestres, e são as descendentes dos portulanos. Dependendo da escala, pode ter detalhes tanto do relevo da costa quanto do relevo aquático, além de outras informações, como edificações, vegetação, infra-estrutura da costa, etc. Estas cartas são o equivalente marítimo dos mapas terrestres, e são as descendentes dos portulanos.
Uma das mais mais antigas cartas náuticas conhecidas é o Planisfério de Cantino, de 1502, onde aparece o Brasil e a Linha de Tordesilhas.
Planisfério de Cantino
Abraão Cresques, cartógrafo judeu de Maiorca que viveu no século XIV, foi o provável autor do famoso Atlas Catalão de 1375. Foi pai do também cartógrafo Jehuda Cresques, também conhecido por Jaime de Maiorca, um dos cartógrafos ao serviço do Infante D. Henrique. Foi uma das figuras mais destacadas da escola cartográfica maiorquina.
Para além da sua produção cartográfica, construía bússolas, relógios náuticos e outros instrumentos de precisão necessários para a navegação. Foi protegido pelos reis Pedro III de Aragão, João I de Aragão e Martim I de Aragão. Deixou um conjunto de cartas náuticas realizadas por si e seu filho, actualmente perdidas, embora se lhe atribuam alguns mapas anônimos, como os integrados no Atlas Catalão de 1375.



Descrição
Desenhadas na Projeção de Mercador, com a excepção das cartas polares acima dos 80º N ou S, estão dividias em três categorias:
• Cartas de Roteamento - de menor detalhe, cobrem grandes áreas (ex. Carta do Atlântico Norte)
• Cartas de Aproximação - de maior detalhe, cobrem ainda assim grandes distâncias (ex. Carta do Cabo Raso ao Cabo de São Vicente)
• Planos de Portos - de grande detalhe (Plano do Porto de Sines)
Nas margens das cartas hidrográficas estão indicadas as longitudes e as latitudes, de forma gráfica (com traços para os minutos e segundos) que permitem medir as distâncias entre pontos com o compasso. Dado estarem desenhadas na Projeção de Mercator, a cada minuto destas marcações corresponde um milha marítima; contudo, estas devem ser medidas de acordo com a direção em que se traça a derrota, ou seja, devem se usar as marcações da latitude para medir distâncias no sentido Norte→Sul, e as da latitude para as Este→Oeste, pois à medida que nos vamos afastando do Equador tanto para Norte como para Sul essa representação gráfica vai aumentando de tamanho em centímetros, enquanto para paralelos ao Equador se mantém constante.
A representação de terra nas cartas está limitada à linha da costa e aos pontos conspícuos, tais como faróis ou outras construções, que sejam relevantes para a navegação.
Adicionalmente há ainda informação sobre o tipo dos fundos, perigos para a navegação, canais de navegação, enfiamentos e balizagem, profundidades, correntes, declinação magnética, etc.
Todas as cartas indicam os seus referenciais para o datum e para o zero hidrográfico; em ambos os casos estes podem ser diferentes de uma carta para a outra (incluindo cartas para a mesma área de navegação), de acordo com o organismo que compilou a informação e/ou publicou a carta. A título de curiosidade, por exemplo, nas cartas portuguesas (Instituto Hidrográfico) o ZH está sempre abaixo de água, enquanto nas cartas inglesas pode ficar acima do nível do mar em algumas ocasiões.
A informação nas cartas é complementada pelos Roteiros, Lista de Faróis e Rádio Ajudas, e outras publicações, todas indicadas nas cartas.

Descobrimentos portugueses
Os descobrimentos portugueses foram os conjuntos de viagens e explorações marítimas realizadas pelos portugueses entre 1415 e 1543 que começaram com a conquista de Ceuta na África. Os descobrimentos resultaram na expansão portuguesa e deram um contributo essencial para delinear o mapa do mundo, impulsionados pela reconquista e pela procura de alternativas às rotas do comércio no Mediterrâneo. Com estas descobertas os portugueses iniciaram a Era dos Descobrimentos europeus que durou do século XV até ao XVII, e foram responsáveis por importantes avanços da tecnologia e ciência náutica, cartografia e astronomia, desenvolvendo os primeiros navios capazes de navegar em segurança em mar aberto no Atlântico.
Antecedentes
Com a Reconquista concluída, D.Dinis interessou-se pelo comércio externo, organizando a exportação para países europeus. Em 10 de Maio de 1293, instituiu um fundo de seguro marítimo para os comerciantes portugueses que viviam no Condado da Flandres, que pagavam determinadas quantias em função da tonelagem, que revertiam em seu benefício se necessário. Vinho e frutos secos do Algarve eram vendidos na Flandres e na Inglaterra, sal das regiões de Lisboa, Setúbal e Aveiro eram exportações rentáveis para o Norte da Europa, além de couro e Kermes, um corante escarlate. Os portugueses importavam armaduras e munições, roupas finas e diversos produtos fabricados da Flandres e da Itália.
Em 1317 D. Dinis fez um acordo com o navegador e mercador genovês Manuel Pessanha (Emanuele Pessagno), nomeando-o primeiro almirante da frota real com privilégios comerciais com seu país, em troca de vinte navios e suas tripulações, com o objetivo de defender as costas do país contra ataques de pirataria (muçulmana), lançando as bases para a Marinha Portuguesa e para o estabelecimento de uma comunidade mercante genovesa em Portugal. Obrigados a reduzir suas atividades no Mar Negro, os mercadores da República de Génova tinham-se voltado para o comércio norte Africano de trigo, azeite (também fonte de energia) e ouro - navegando até aos portos de Bruges (Flandres) e Inglaterra. Genoveses e florentinos estabeleceram-se então em Portugal, que lucrou com a iniciativa e experiência financeira destes rivais da República de Veneza.
Na segunda metade do século catorze, surtos de peste bubónica levaram a um grave despovoamento: a economia era extremamente localizada em poucas cidades e a migração do campo levou ao abandono da agricultura e ao aumento do desemprego nas povoações. Só o mar oferecia alternativas, com a maioria da população fixada nas zonas costeiras de pesca e comércio.
Entre 1325-1357 D. Afonso IV de Portugal concedeu o financiamento público para levantar uma frota comercial e ordenou as primeiras explorações marítimas, com apoio de genoveses, sob o comando de Manuel Pessanha. Em 1341 as ilhas Canárias, já conhecidas ds genoveses, foram oficialmente descobertas sob o patrocínio do rei Português. A sua exploração foi concedida em 1338 a mercadores estrangeiros mas em 1344 Castela disputou-as, concedendo-as ao castelhano D. Luís de la Cerda. No ano seguinte, Afonso IV enviou uma carta ao Papa Clemente VI referindo-se às viagens do Portugueses às Canárias e protestando contra essa concessão. Nas reivindicações de posse, sucessivamente renovadas pelos dois povos, prevaleceu, no final, a vontade do rei de Castela sobre estas ilhas.
Em 1353 é assinado um tratado comercial com a Inglaterra para que os pescadores portugueses pudessem pescar nas costas inglesas, abrindo assim caminho para o futuro Tratado de Windsor em 1386. Em 1370 é criada a Bolsa de Seguros Marítimos e em 1387 há notícia do estabelecimento de mercadores do Algarve em Bruges. Em 1395, D. João I emite uma lei para regular o comércio dos mercadores estrangeiros.
Há unanimidade dos historiadores em considerar a conquista de Ceuta como o início da expansão portuguesa, tipicamente referida como os Descobrimentos. Foi uma praça conquistada com relativa facilidade, por uma expedição organizada por D. João I, em 1415. A aventura ultramarina ganharia grande impulso através da ação do Infante D. Henrique reconhecido internacionalmente como o seu grande impulsionador.
Motivações
Até ao século XIX, considerava-se que a principal motivação para as conquistas africanas em Marrocos tinha sido de ordem religiosa. O cronista Gomes Eanes de Zurara refere que os Infantes tinham as suas razões, os letrados as suas, mas a decisão cabia ao rei D. João I: “Eu não o teria por vitória, nem o faria em boa verdade, ainda que soubesse cobrar todo o mundo por meu, se não sentisse que em alguma maneira era serviço de Deus”.[7] O motivo religioso, sobrepondo-se a todos os outros, foi como tal apontado, entre outros, por João de Barros, Luís de Camões, Gil Vicente.

As importantes rotas comerciais da seda e das especiarias, bloqueadas pelo Império otomano em 1453 com a queda de Constantinopla o que motivou a procura de um caminho marítimo pelo Atlântico, contornando África.



Mapa das rotas comerciais portuguesas de Lisboa a Nagasaki em 1580-1640
Mas havia também outras razões para a conquista de Ceuta, mais de um século depois resumidas pelo carmelita Frei Amador Arrais, ligando-as à ação de D. Afonso IV na batalha do Salado - “El-Rei Dom João o primeiro, começou a conquista de África, tomãdo Septa, Baluarte da Cristandade, & Chave de toda Hespanha, Porta do comércio do poente para levante."
O inimigo muçulmano dominava o Estreito e era poderoso em Granada. Pela sua posição geográfica, Ceuta era uma base naval que podia servir de apoio à navegação entre a península itálica e Portugal, permitindo também reprimir ou tolher a pirataria dos mouros nas costas do Atlântico.
No século XX, houve historiadores que julgaram o passado com as preocupações do presente, considerando a primazia do interesse econômico: procurar acesso direto a fontes de fornecimento de trigo, de ouro ou de escravos no norte de África. Mas houve também historiadores, como David Lopes, rebatendo essa tese: "Ainda que Ceuta tivesse importância como centro de comércio, a sua conquista por cristãos desviaria dela o tráfico muçulmano"
As conquistas de Marrocos, porém, sob o impulso do Infante D. Henrique, vieram a dar lugar aos descobrimentos. Segundo Gomes Eanes de Zurara, na Crônica do descobrimento e conquista da Guiné (Capítulo VII), as expedições organizadas pelo Infante tinham cinco motivações: (1ª) conhecer a terra além das Canárias e do cabo Bojador; (2ª) trazer ao reino mercadorias; (3ª) saber até onde chegava o poder dos muçulmanos; (4ª) encontrar aliados que o pudessem ajudar numa guerra que durava há trinta e um anos; (5ª) e trazer para a fé de Cristo todas as almas que se quisessem salvar. Se, com o Infante, ao avançar pela costa de África na direção do sul, parece haver, sobretudo a intenção de envolver pela retaguarda o grande poderio islâmico, adversário da Cristandade (uma estratégia militar e diplomática tributária do espírito das Cruzadas), a crescente intervenção dos "cavaleiros-mercadores" (Magalhães Godinho) nos reinados de D. Afonso V e D. João II, acabará por levar a expansão portuguesa até ao Oriente em busca das especiarias. Em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos Otomanos, as trocas comerciais no Mediterrâneo de Veneza e de Génova ficaram muito reduzidas. O proveito de uma rota comercial alternativa mostrava-se recompensador. Portugal iria ligar diretamente as regiões produtoras das especiarias aos seus mercados na Europa.Quando se firma o projeto da descoberta do caminho marítimo para a Índia, a expansão portuguesa está já dominada pelo interesse comercial.
Primeiras expedições no Atlântico
A conquista de Ceuta em 1415 é geralmente referida como o início dos "descobrimentos Portugueses". Nela participou o Infante D. Henrique, que a partir de então dirigiu e impulsionou as primeiras expedições no Atlântico, como investimento do seu patrimônio pessoal. As primeiras navegações estão associadas à sua figura a partir da base que estabeleceu em Lagos e na Sagres, onde foi acompanhado por um grupo de cartógrafos, astrônomos e pilotos. Além dos interesses materiais, o príncipe ambicionava estabelecer uma aliança com o Preste João das Índias, um príncipe cristão que governaria as terras da Etiópia. Graças a essa aliança, D. Henrique pensava expulsar os Muçulmanos da Terra Santa e recomeçar as Cruzadas, mas numa escala planetária. Por trás deste movimento estava um grupo vasto de mercadores e armadores profissionais, interessados e participantes nas navegações e, como dirigente governativo, o infante D. Pedro, responsáveis por uma série importante de iniciativas a que o Navegador aderiu.
A ilha da Madeira
Em 1418, ainda no reinado de D. João I, e sob comando do Infante D. Henrique dá-se o redescobrimento da ilha de Porto Santo por João Gonçalves Zarco e mais tarde da ilha da Madeira por Tristão Vaz Teixeira. Trata-se de um redescobrimento, pois já havia conhecimento da existência das ilhas da Madeira no século XIV, segundo revela a cartografia da mesma época, principalmente em mapas italianos e catalães. Tratava-se de ilhas desabitadas que, pelo seu clima, ofereciam possibilidades de povoamento aos Portugueses e reuniam condições para a exploração agrícola.
Os arquipélagos da Madeira e das Canárias despertaram, desde cedo, o interesse tanto dos Portugueses como dos Castelhanos; por serem vizinhos da costa africana, representavam fortes potencialidades econômicas e estratégicas. A disputa destes territórios deu origem ao primeiro conflito ibérico motivado por razões expansionistas que só terminou com a assinatura do Tratado das Alcáçovas-Toledo em 1479.
Os Açores
Em 1427, dão-se os primeiros contactos com o arquipélago dos Açores por Diogo de Silves. Ainda nesse ano é descoberto o grupo oriental dos Açores, São Miguel e Santa Maria. Segue-se o descobrimento do grupo central -Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial). Em 1452 o grupo ocidental (Flores e Corvo) é descoberto por Diogo de Teive.
A costa oeste de África
Em 1434 Gil Eanes contornou o Cabo Bojador, dissipando o terror que este promontório inspirava. No ano seguinte, navegando com Afonso Gonçalves Baldaia descobriram Angra de Ruivos e este último chegou ao Rio de Ouro, no Saara Ocidental. Entretanto, após a derrota portuguesa de Tânger em 1437, os portugueses adiaram o projeto de conquistar Marrocos no Norte de África.
Já na regência de D. Afonso V, em 1441 Nuno Tristão chegou ao Cabo Branco. Juntamente com Antão Gonçalves fizeram incursões ao Rio do Ouro, de onde foi obtido ouro em pó. A partir de então ficou generalizada a convicção de que essa área da costa africana poderia, independentemente de novos avanços, sustentar uma atividade comercial capaz de responder às necessidades de numerário que, em Portugal, como em toda a Europa, se fazia sentir. Em 1456, Diogo Gomes descobre Cabo Verde e segue-se o povoamento das ilhas ainda no século XV.[10]
Em 1455 é emitida a bula Romanus Pontifex do Papa Nicolau V confirmando as explorações portuguesas e declarando que todas as terras e mares descobertos a sul do Bojador e do cabo são pertença dos reis de Portugal, que poderá cobrar impostos sobre a navegação e comércio. No ano seguinte chegava a Bristol o primeiro carregamento de açúcar provindo da ilha da Madeira. Em 1460, Pêro de Sintra atinge a Serra Leoa. Nesse ano faleceu o Infante D. Henrique. Após a sua morte, a missão é atribuída temporariamente ao seu sobrinho, o Infante D. Fernando (filho de D.Duarte).

Mapa do século XVI, da costa oeste africana Golfo da Guiné e "A mina"










Chegada ao Brasil


Carta a El Rei D. Manuel escrita por Pero Vaz de Caminha descrevendo as terras brasileiras achadas na expedição de Pedro Álvares Cabral.
Em 1499, após o retorno de Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral foi nomeado capitão-mor da armada que se dirigiria à Índia. A sua missão era a de estabelecer relações diplomáticas e comerciais com o Samorim, promovendo a imagem de Portugal e instalando um entreposto comercial ou feitoria, retornando com o máximo de mercadorias.
A sua foi a mais bem equipada armada do século XV, integrada por dez naus e três caravelas, transportando de 1.200 a 1.500 homens, entre funcionários, soldados e religiosos. Era integrada por navegadores experientes, como Bartolomeu Dias e Nicolau Coelho, tendo partido de Lisboa a 9 de março de 1500, após missa solene na ermida do Restelo, à qual compareceu o Rei e toda a Corte.
Mas Pedro Álvares Cabral, por alturas de Cabo Verde, desvia-se da rota. Tendo-se afastado da costa africana, a 22 de abril de 1500, após quarenta e três dias de viagem, avistou o Monte Pascoal no litoral sul da Bahia. No dia seguinte, houve o contato inicial com os indígenas. A 24 de abril, seguiu ao longo do litoral para o norte em busca de abrigo, fundeando na atual baía de Santa Cruz Cabrália, nos arredores de Porto Seguro, onde permaneceu até 2 de maio.


Detalhe do mapa "Terra Brasilis" (Atlas Miller, 1519), actualmente na Biblioteca Nacional de França.
Cabral tomou posse, em nome da Coroa portuguesa, da nova terra, a qual denominou de "Ilha de Vera Cruz" (mais tarde Terra de Santa Cruz e finalmente Brasil - face à abundante existência de madeira pau-brasil), e enviou uma das embarcações menores com a notícia, inclusive a Carta de Pero Vaz de Caminha, de volta ao reino. Retomou então a rota de Vasco da Gama rumo às Índias.
Ao cruzar o cabo da Boa Esperança, perderam-se quatro dos navios, entre os quais o de Bartolomeu Dias, navegador que o descobrira em 1488.
Diogo Dias contava entre os navegadores experientes da frota de Pedro Álvares Cabral na segunda armada à Índia. É citado na Carta do Achamento do Brasil de Caminha como «homem gracioso e de prazer». A 10 de Agosto de 1500, após ter dobrado o cabo da Boa Esperança, separou-se do resto da expedição devido aos ventos, e descobriu uma ilha a que deu o nome de São Lourenço, mais tarde designada Madagascar. Sua embarcação se perdeu durante a tormenta, e acabou sendo o primeiro capitão português a viajar pelo mar Vermelho. Incapaz de prosseguir rumo à Índia, retornou a Portugal, onde chegou com apenas sete homens.
Antiguidades Náuticas
A armada de Pedro Álvares Cabral chega a Calecute em 1501, onde ocorrem confrontos com o Samorim, com o qual acaba por romper relações. Assim, dirige-se para Sul e estabelece uma feitoria em Cochim.





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Nomes:Larissa Amorim
Caroline
Thiago Martins
Álvaro
Matheus Souza
Estéfani

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